Como retomar as operações após a COVID-19
A pandemia da COVID-19 paralisou a economia global. Agora que o mundo começou a passar da reação para a recuperação, as organizações estão redirecionando seus esforços para retomar as operações. Com muitas incertezas ainda pairando no ar, apenas aquelas com planos bem elaborados vão ser capazes de avançar e conquistar vantagens competitivas.
Por que planejar a retomada das operações
Após um período prolongado de estagnação econômica, é compreensível que as organizações estejam ansiosas para retomar as operações e aumentar a produção. No entanto, fazer isso com pressa pode custar caro. As indústrias estão enfrentando vários tipos de desafios e incertezas: ações desconhecidas de órgãos governamentais em caso de reinfecção, até que ponto as cadeias de suprimentos estão preparadas e são confiáveis, dúvidas em torno da demanda, ansiedade e reservas dos funcionários em torno do retorno ao trabalho.
Em uma recente pesquisa realizada pela dss+, apenas cerca de 14% dos participantes afirmaram estar totalmente preparados para atravessar a atual pandemia.
Nos setores de serviços públicos, farmacêutico e químico, as organizações têm apontado a falta de mão de obra e o adiamento da manutenção de ativos e equipamentos como algumas das principais preocupações. Por outro lado, nos setores de recursos e manufatura, as empresas estão lutando para manter o distanciamento social no local de trabalho, o suprimento confiável de matérias-primas e o fluxo de caixa.
Além disso, um estudo do Center for Chemical Process Safety mostrou que os incidentes de segurança de processos têm cinco vezes mais chances de ocorrer durante a retomada de operações do que durante as situações de normalidade. Um estudo semelhante no setor de refino revelou que 50% dos incidentes de segurança de processos ocorrem durante reinicializações, paralisações e outras atividades não rotineiras.
A retomada das operações após a pandemia da COVID-19 possui uma camada extra de complexidade devido à possibilidade de novas ondas de infecção. Sem um planejamento adequado e uma avaliação regular dos planos resultantes, o processo de reinicialização pode causar uma queda de desempenho organizacional. Adotando um processo racional e ponderado, no entanto, as empresas podem retomar e acelerar as operações com êxito, sem deixar de proteger os funcionários.
Como retomar as operações
Antes de reiniciar, é fundamental entender como a pandemia afetou a organização e avaliar se está preparada para retornar ao trabalho. Lembre-se que os riscos inerentes à organização não desapareceram por causa da pandemia. Portanto, ao avaliar os riscos, não se concentre apenas naqueles gerados pela COVID-19, mas também os demais riscos.
Esteja atento àquele tipo de confiança sem fundamento - que se baseia mais em sentimentos, não em fatos. O anseio de se recuperar rapidamente precisa ser apoiado em evidências racionais que indiquem que a organização está realmente preparada para retomar as atividades. Você acha que sua organização está preparada para reiniciar as operações? Quais indicadores sugerem que isso é verdadeiro?
Exemplos de evidências tangíveis que podem garantir uma reinicialização bem-sucedida são um plano integrado que considere todas as atividades críticas, planos alternativos baseados em cenários prováveis, um plano interdepartamental para ter um retorno seguro ao trabalho, um orçamento de retomada e um plano de recursos que inclua treinamento e iniciativas de apoio, validação de demandas e preparação da cadeia de suprimentos para auxiliar o reinício das atividades.